Estamos nos aproximando do Dia Mundial da Doença de Parkinson, celebrado em 11 de abril. Essa data é um importante momento de conscientização sobre a realidade de milhões de pessoas que convivem com a doença no mundo todo.
Conviver com a Doença de Parkinson traz desafios diários tanto para quem vive com o diagnóstico quanto para familiares e cuidadores. Apesar de ser uma condição progressiva e ainda sem cura, é possível construir uma rotina mais leve, segura e prazerosa. O segredo está nos detalhes do cuidado e na criação de um ambiente acolhedor e adaptado às necessidades da pessoa.
Entenda o Parkinson para cuidar melhor
A Doença de Parkinson afeta os movimentos, mas também mexe com o emocional e o comportamento. Embora o tremor seja o sintoma mais conhecido, é a lentidão nos movimentos que mais interfere no dia a dia. Rigidez muscular, dificuldade de equilíbrio e alterações de humor como ansiedade e depressão também fazem parte do quadro.
Dicas que fazem a diferença na rotina
Mais do que seguir o tratamento médico, oferecer qualidade de vida é um exercício contínuo de observação, paciência e criatividade. Aqui estão algumas estratégias que podem transformar o dia a dia:
• Respeite o ritmo do idoso: Evite pressa. Permitir que a pessoa realize tarefas no seu tempo estimula a autonomia e reduz o estresse.
• Movimente o corpo: Dentro das possibilidades, incentive caminhadas curtas, alongamentos ou fisioterapia. O movimento ajuda a preservar a funcionalidade e melhora o humor.
• Adapte a casa: Remova tapetes soltos, instale barras de apoio, melhore a iluminação. Um ambiente seguro evita quedas e dá confiança ao idoso.
• Crie momentos de prazer: Música, encontros com amigos, jardinagem, arte… atividades prazerosas estimulam o cérebro e o coração.
• Apoie a alimentação e a hidratação: Problemas de deglutição são comuns. Adapte a textura dos alimentos se necessário e garanta a ingestão de líquidos ao longo do dia.
• Acompanhe o uso dos medicamentos: Respeitar os horários da medicação é essencial para o controle dos sintomas. Use alarmes ou aplicativos se for preciso.
• Cuide também do cuidador: Quem cuida precisa estar bem. Busque apoio, compartilhe responsabilidades e reserve um tempo para si.
Tratamento vai além dos remédios
Além da terapia medicamentosa, o cuidado com o parkinsoniano pode envolver fisioterapia, psicoterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e até práticas integrativas como meditação, musicoterapia, yoga, etc. Essa abordagem ampla, que olha para o corpo e também para as emoções, contribui diretamente para o bem-estar.
A qualidade de vida da pessoa com Parkinson está nos gestos diários, no ambiente acolhedor, na escuta atenta e na valorização das pequenas conquistas. Com informação, carinho e uma rede de apoio, é possível viver bem – mesmo com os desafios da doença.
Referência:
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: https://sbgg.org.br/parkinson-muito-alem-do-tremo/